Cesta básica em João Pessoa é uma das mais baratas do país, aponta Dieese
Na capital paraibana, o valor médio foi de R$ 636,73, ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97) e praticamente empatada com Recife (R$ 636,00)

O custo da cesta básica de alimentos em João Pessoa foi um dos menores do país no mês de maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na capital paraibana, o valor médio foi de R$ 636,73, ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97) e praticamente empatada com Recife (R$ 636,00).
O levantamento mensal analisa os preços da cesta em 17 capitais brasileiras e revelou que, em João Pessoa, alguns produtos essenciais tiveram aumento considerável, como o café em pó, com alta de 7,98% em relação ao mês anterior. Por outro lado, itens como o arroz agulhinha e o tomate registraram reduções expressivas, contribuindo para manter o custo geral da cesta entre os mais íveis do país.
No caso do tomate, por exemplo, a capital paraibana teve uma das maiores quedas no acumulado de 12 meses, com recuo de -32,22%, enquanto o arroz apresentou redução no mesmo período, acompanhando a tendência nacional.
Panorama nacional
Entre as 17 capitais analisadas, o preço da cesta básica caiu em 15 delas no mês de maio. As maiores reduções ocorreram em Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As únicas altas foram observadas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).
A cesta mais cara do Brasil foi registrada em São Paulo, onde o valor chegou a R$ 896,15, seguida por Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05).
No acumulado de janeiro a maio de 2025, o custo da cesta aumentou em todas as capitais, com variações entre 2,48% (Campo Grande) e 9,09% (Belém). Na comparação com maio de 2024, também houve alta em 16 capitais, com exceção de Aracaju, que se manteve estável.
Salário mínimo ideal
Com base nos preços da cesta mais cara, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário em maio deveria ser de R$ 7.528,56 para garantir o sustento de uma família de quatro pessoas, cobrindo despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer, vestuário, higiene e previdência. O valor corresponde a 4,96 vezes o salário mínimo vigente, que atualmente é de R$ 1.518.
Outros produtos em destaque
O preço da carne de primeira subiu em 14 capitais, com destaque para Curitiba (3,91%) e Florianópolis (2,68%). Já o café em pó teve aumento em 16 capitais, sendo Vitória (127,89%) e São Paulo (75,5%) os destaques no acumulado de 12 meses.
Em contraste, o arroz agulhinha teve queda generalizada nas 17 capitais, assim como o tomate, que ficou mais barato em todo o país. Apenas Vitória apresentou alta no valor do tomate em 12 meses.
O estudo é realizado mensalmente pelo Dieese com o objetivo de acompanhar a evolução dos preços de itens essenciais ao consumo das famílias e subsidiar políticas públicas e debates econômicos.