Após eleição de Samir Xaud, Michelle Ramalho se torna a primeira mulher na vice-presidência da CBF
Michelle integrava a chapa "Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização", encabeçada por Samir Xaud

A presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB), Michelle Ramalho, foi eleita neste domingo (25) como a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ela integra a chapa de Samir Xaud, escolhido como novo presidente da entidade. Xaud assume o comando da CBF até 2029, após a saída de Ednaldo Rodrigues, afastado por decisão judicial em 15 de maio sob suspeita de fraude.
“Hoje iniciamos uma nova fase na Confederação Brasileira de Futebol. Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte”, discursou o novo presidente.
A votação deste domingo teve resultado previsível, já que a chapa "Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização", encabeçada por Samir Xaud, reuniu apoio de 25 federações estaduais e dez clubes das Séries A e B. O amplo respaldo tornou inviável qualquer candidatura concorrente. Pelo estatuto da CBF, ao menos oito federações são necessárias para formalizar uma candidatura.
Além de Michelle Ramalho, mais sete vice-presidentes também fazem parte da chapa e foram eleitos:
- Flavio Diz Zveiter – advogado, ex-vice-presidente de projetos especiais da CBF e ex mandatário do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
- Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul – presidente da Federação Paraense de Futebol
- Gustavo Dias Henrique – diretor de Relações Institucionais da CBF
- José Ivanildo da Silva – presidente da federação do Rio Grande do Norte
- Ednailson Leite Rozenha – presidente da federação do Amazonas
- Rubens Renato Angelotti – presidente da Federação Catarinense de Futebol
- Fernando José Macieira Sarney – vice-presidente da CBF e atual interventor na entidade
No último dia 15 de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A decisão teve como base suspeitas de fraude na de um acordo entre o então vice, Coronel Nunes, a Federação Mineira de Futebol (FMF) e cinco dirigentes, que viabilizou a permanência de Ednaldo no cargo. De acordo com a Justiça, Nunes não apresentava condições de saúde e cognitivas para participar do processo eleitoral.